sexta-feira, 16 de maio de 2014

Ser mãe de segunda viagem

Fui mãe pela primeira vez há 3 anos. Para alguns será muito tempo para outros será pouco. Para mim é tempo suficiente para que me sinta de novo perdida.

Talvez seja sempre assim, pois todos os filhos são diferentes, logo a experiência será também ela diferente.  O certo, é que nesta segunda aventura, fiquei com a certeza de que queria guardar em memória escrita este percurso, para mais tarde recordar.

Começando então pelo início: o parto. Do parto não me faltavam memórias e tudo aquilo que me arrependi de não ter feito no primeiro parto, tive presença de espírito para o corrigir nesta segunda aventura. Foi novamente cesariana, mas desta vez pude beijar a filhota e cheirá-la, um aspecto muito animalesco, mas essencial, ainda no bloco operatório. Esperei calma até ir para junto dela, com a serenidade necessária para aproveitar cada instante.

Chegada junto dela, o cuidado com a amamentação, e redobrado pois da mais velha não consegui amamentar. E logo desde o primeiro instante, na primeira sugadela senti a paz própria de uma segunda volta "tudo vai correr bem". Na sua primeira noite dormiu comigo, mais uma lição aprendida da primeira volta, pois devido à cesariana os movimentos são limitados e o ter de estar a pedir constantemente para me alcançarem a filhota era apenas stress desnecessário.  Sem ligar para opiniões, mamou quando quis e quanto quis, o que nas primeiras noites era aproximadamente de 2 em 2 horas (ou até menos) e mamava durante 1 hora. Ou seja, tudo o que me desaconselharam a fazer aquando da primeira filhota que diziam tinha de mamar no máximo 10 minutos de cada peito e só voltar a dar passado 2h30 e que acabou por resultar em que eu ficasse sem leite.

É simples, nos primeiros tempos mama quando quer.